segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Passei no exame!!!

Pronto! Já fiz o exame, sobrevivi ao tempo de espera do resultado e cá estou, leve e aliviada com tudo. Graças a Deus não houve nem um milímetro de aumento dos tumores, nem do fígado nem dos pulmões e o Mauro Zukin parecia tão mais animado que eu, que acabou me contagiando.

Ficou super feliz de estarem estáveis que me liberou para fazer planos para o ano que vem – quer dizer, para executá-los, já que os planos já existem... Quero ir a Portugal e à Espanha com a Lucy e ficar um mês na França com a Julia, minha amiga de infância.

O Mauro insiste para eu escrever no blog do COI, porque meu caso não é comum – pelas contas da medicina já era para eu ter morrido há sete anos, mas tenho sido mais teimosa que a morte e não tenho a menor curiosidade de encará-la – e nem pressa. Está muito bom por aqui.

Pedro está vendo um DVD com amigos, na sala. Isso nunca aconteceu no último apartamento. Temos tido uma ótima relação com essa casa.

Agora mesmo acabou o jogo Flamengo - Botafogo e é tanta festa pela rua! Que espetáculo lindo o povo descendo as rampas do Maracanã e caminhando pelas ruas cantando, tudo na maior paz! E olhe que o Flamengo perdeu de 2 x 1!

Tenho andado bem caseira e para falar a verdade não tenho tido muita paciência de conversar, de ir ao cinema, de sair.  Falei tanto da minha mãe que quase não vai à rua que estou ficando igual. Ê boca!

Tenho consciência do quanto preciso me exercitar para aumentar o fôlego, mas e a preguiça de fazer esteira? E para completar o quadro, o cara da obra colocou a tomada da esteira de tal modo que ela só liga se ficar a 20 cm da parede. Imagine só fazer essa chatice de cara para uma parede? Ninguém merece!

Sumi, mas não morri

Nossa! Faz tanto tempo que não venho por aqui! Foram coisas acumuladas que não sei nem por onde começar – mas vou tentar.

Passei os últimos seis meses tocando a obra do apartamento para onde nos mudamos, Pedro e eu, no dia 2 de setembro. Isso porque marquei uma data e a impus ao empreiteiro. O resultado foi que moramos por doze dias nós e eles, os peões que finalizaram o serviço.

Dia 12 decretei o fim dos serviços, apesar de ainda não terem terminado tudo. Além de não aguentar mais, iria viajar para São Paulo no dia seguinte para conhecer a nova casa da minha amiga querida, Angela Santos.

Foi um desastre!

Acho que depois de tantos meses de estresse, cansaço físico e certa fraqueza pela quimioterapia, que continua até hoje, quando mudei de cenário, pifei. Dei tilt. Surtei.

Cheguei tão cansada na casa dela que não aguentei fazer qualquer dos programas maravilhosos que ela havia reservado, como teatro e uma feira de arte alí em Pinheiros.

Na sexta Angela nos levou para um almoço no Rubaiyat Figueira, restaurante que queríamos muito conhecer, Fátima e eu, a comadre responsável pela minha ida, já que havia comprado nosso bilhete há dois meses!

Eu estava enjoadíssima e nem pedimos carne, o carro-chefe da casa.

Dormi a tarde toda e preferi não sair à noite. Angela, Fátima e eu tomamos uma sopa, elas beberam um vinho delicioso, e cama!

Lá pelas 4 horas da manhã fui acordada por uma dor no peito tão grande e que foi aumentando tanto, que chegou a ponto de me causar medo de estar enfartando. Acordei a Angela que saiu do quarto pronta para me levar para um hospital.

Só de não estar sozinha fui me acalmando e percebi que doía muito na inspiração, como se meu esterno fosse rasgado. Ela me deu um saco de água quente para colocar sobre o local, tomei um analgésico e continuei deitada. Acabei dormindo até de manhã e meu enfarto fajuto passou com calor e aspirina!

Passei o fim de semana ainda enjoada e no dia seguinte à minha volta fiz quimioterapia. Isso faz 15 dias e dessa vez não me aprumei fácil. Até ontem me sentia bastante enjoada, fraca, sem a menor vontade de sair, de conversar, da nada!

Hoje me dei conta que isso geralmente acontece quando vai chegando a época de repetir a Tomografia para reavaliar se houve melhora ou não no câncer. E será daqui a dois dias o exame, mas desde que o agendo, dá essa insegurança.